segunda-feira, 14 de maio de 2018

Lidando com o medo

Todos temos medo, todos temos momentos de ansiedade, todos sentimos que algo não está bem ou não vai acabar bem. São coisas ruins mas que fazem parte do nosso dia a dia, principalmente nos tempos de hoje.
Vivemos preocupados com algo, com o que deixamos de fazer ontem, com o que pode acontecer amanhã, e a cabeça fica trabalhando tanto, que o nosso chamado centro de força mental, acaba esgotado enquanto outros centros ficam enferrujados pela falta de uso.
Para este dia 15 de Maio, O 9 de espadas vem nos confrontar com os nossos medos e temores diante de uma situação consciente ou não.
Mas sempre costumo refrescar a mente diante deste Arcano, chamando a atenção para o risco de exagerarmos em algo que não está acontecendo como esperamos. O medo pode fazer um simples problema virar uma baita dor de cabeça.
Por isso seguindo a linhagem dos Arcanos de número 9, nos conectamos ao Arcano O Eremita, que nos ensina a prudência, a tranquilidade pra avaliar as coisas na medida certa do problema ou do caminho proposto.
Tudo que é de mais faz mal, e O Eremita nos ensina também esta necessidade de agirmos pelo caminho do meio. Até porque ele é sábio, onde caiu e levantou diversas vezes para agora se deixar perder diante de alguma adversidade.
Seja lá o que tiver no seu caminho, amigo leitor, respira fundo, para um pouco antes de agir ou falar, e pensa que está em você a capacidade de transformar um problema em uma oportunidade pra evoluir enquanto ser humano.
Que tenhamos um dia de superação!

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METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
Oswaldo Montenegro 


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